Se a festa é do povo... Não se olha a gastos (Várzea de Serra)

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Em tempo forte de romarias, o bairrismo de certas freguesias vizinhas faz-nos inveja.
VÁRZEA DE SERRA chama mais um ano os seus fregueses e também atrai todos os amantes da farra espalhados pelas serras de Montemuro ou da Nave.
A Noitada em que até os coxos dançam acontece já este domingo, com o Rei da Música Pimba.
Atenção: este artista sabe da poda e, no seu estilo, é um excelente compositor.
As bailarinas também não são de deitar fora      

[Trevo]

Esta é uma romaria de arromba!
Com o desemprego crescente só nos resta dar ao pé!
Várzea de Serra gosta de folia...
As antigas professoras de Magueija, dos anos 60 do século passado, também foram destacadas para estas bandas.
A professora Antonina, de Magueija Grande, chegou a residir em Várzea de Serra para não ter que calcorrear, todos os dias, os caminhos de cabras, para transpor o Monte de Além do Rio. Dizia ela que vivia numa casa cujo rés-do-chão era um estábulo de animais.
A casa ficava, assim, mais acolhedora no inverno...

[Urze]

Muito depois dela, também a irmã Lurdes por lá passou...

Apesar de todo o seu isolamento, evoluiu de uma forma muito significativa, em 30 anos, mais parece uma vila que a antiga aldeia serrana que eu tão bem conheci também.

Assim, sim. Vale a pena trabalhar. Mas dos seus autarcas locais, nem se ouve falar, mas a obra vai nascendo. Só é pena que não tenham respeitado mais as caraterísticas arqueológicas da terra...

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Mais serrana e muito mais isolada era VÁRZEA DE SERRA, no tempo em ali leccionou a saudosa D. DULCE DE JESUS.
Contava-me esta figura franzina, mas duma sólida cultura, que até o pão tinha de mandar vir de Lamego, uma ou duas vezes por semana.
As melhores recordações que lhe ficaram dessa estadia, quando as vias de comunicação eram extremamente rudimentares, foram os alunos e os saborosos (e enormes) bifes caseiros que os criadores de gado lhe ofereciam.
Hoje, quem por lá passa nos dias de festa, é forçado a acreditar no pulo que a aldeia deu.
Aquele progresso todo não se deve só aos dinheiros da emigração.
Há ali muito trabalho de quem tem regido os destinos da terra e gerido os fundos próprios e regateados.
Um exemplo para outras aldeias que não há maneira de saírem da cêpa torta!