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Autor Tópico: Papa Bento XVI resigna ao cargo  (Lida 3437 vezes)

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Offline Trevo

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Re:Papa Bento XVI resigna ao cargo
« Responder #15 em: Março 09, 2013, 09:51:09 am »

O papa resignou por questões de saúde e debilidade física, mas também para permitir que a Igreja se renove.
Que o próximo papa, iluminado pelo Espírito Santo, dê seguimento a essa renovação.

Offline Orquídea

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Re:Papa Bento XVI resigna ao cargo
« Responder #16 em: Março 13, 2013, 08:49:41 pm »
Às 18h 6m, hora de Lisboa, o mundo católico assistiu, com grande emoção e alegria, à saída do fumo branco da chaminé da capela Sistina. A partir desse momento, ficou a saber-se que Bento XVI já tinha sucessor. A multidão que enchia a Praça de S. Pedro ficou numa grande ansiedade até conhecer o nome do novo Pontífice; só passada uma hora é que o anúncio foi feito da varanda principal da Basílica de S. Pedro.
Anunciado o nome do novo Papa, toda aquela massa humana aplaudiu entusiasticamente, demonstrando a enorme alegria que lhe inundava os corações. As palavras "Habemus Papam" provocaram uma explosão de entusiasmo, ao mesmo tempo que se ouviam os sinos a repicar.
Como o cardeal Jorge Mario Bergoglio não constava na lista dos "favoritos", a sua eleição constituiu grande surpresa para muitos.
Pela primeira vez foi eleito um Papa latino- americano; pela primeira vez vamos ter um papa que escolheu o nome Francisco; pela primeira vez vamos ter um Papa Jesuíta.
Que Deus o ajude na nobre missão que tem pela frente.
 
« Última modificação: Março 13, 2013, 09:53:19 pm por Orquídea »

Offline 117

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Re: Papa Bento XVI resigna ao cargo
« Responder #17 em: Março 14, 2013, 01:00:24 am »

E, de surpresa em surpresa ...


Francisco, o primeiro Papa jesuíta.
Filho de emigrantes italianos, o cardeal que acabou escolhido para novo pontífice, começou por estudar química. Foi ordenado sacerdote em 1969 e é descrito como um homem humilde.

Mafalda Ganhão
19:57 Quarta feira, 13 de março de 2013
  

Nascido em Buenos Aires, em 1936, o novo Papa, Jorge Mario Bergoglio é filho de um ferroviário italiano que emigrou para a Argentina, onde teve cinco filhos.

Jesuíta - o primeiro a ser eleito Papa - formou-se em engenharia química, mas acabou por seguir o sacerdócio, tendo começado a sua preparação no seminário de Vila Devoto. Em 1958 passou para o noviciado da Companhia de Jesus.

Completou os estudos humanistas no Chile e em 1963, de regresso a Buenos Aires, formou-se em Filosofia. Bergoglio foi ordenado em dezembro de 1969 e foi o provincial dos jesuítas para a Argentina, a partir de 1973.

Reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel, entre 1980 e 1986, depois de completar a tese de doutoramento na Alemanha foi confessor e diretor espiritual em Córdoba.

João Paulo II tornou-o cardeal em 2001, atribuindo-lhe a igreja romana em homenagem ao lendário jesuíta São Roberto Bellarmino.

Mais recentemente, no período entre novembro de 2005 e 8 de novembro de 2011 desempenhou funções como presidente da Conferência Episcopal da Argentina.

Um homem humilde

Segundo o seu biógrafo, Sérgio Rubin, um dos traços da personalidade de Bergoglio é ser humilde. "É uma coisa muito curiosa: Quando os bispos se encontram, ele prefere sempre sentar-se nas filas", disse Rubin à agência AP, acrescentando: "Este sentimento de humildade é muito bem visto em Roma".

Não sendo um dos nomes mais citados como provável sucessor de Bento XVI, o facto de o cardeal Bergoglio ter sido considerado o "vice-campeão" no conclave anterior justificou alguma atenção por parte dos mais atentos. Em 2005, houve mesmo quem garantisse que na terceira ronda ele conquistou 40 votos, exactamente antes da votação que elegeu o cardeal Ratzinger como Papa.

Bem visto aos olhos dos conservadores por ser encarado como um forte opositor das correntes mais liberais entre os jesuítas, e avaliado positivamente pelos moderados por representar da melhor forma o compromisso da Igreja com um mundo em desenvolvimento, como escreveu o vaticanista John Allen no perfil que lhe dedicou há poucos dias, Bergoglio conquistou simpatias também pela simplicidade assumida.

Estamos, afinal, a falar de um representante da Igreja que preferiu viver num modesto apartamento em vez de um faustoso palacete inerente à função de arcebispo, de alguém que tem fama de cozinhar as suas próprias refeições e de preferir os autocarros públicos ao privilégio de ser conduzido por um motorista.

Sendo São Francisco de Assis o símbolo da humildade, do despojamento e a marca de uma Igreja posta ao serviço dos mais pobres, o nome que escolheu não terá sido certamente por acaso. E pode dar pistas sobre o rumo que o novo Papa escolherá para liderar os fiéis de todo o mundo.

Porque se é verdade que lhe são atribuídas posições firmes contra o aborto e o casamento homossexual, também é  certo que no seu percurso constam atitudes de grande firmeza contra, por exemplo, os sacerdotes que recusam batizar as crianças nascidas fora do casamento e de solidariedade com os judeus, particularmente quando em 1994, em Buenos Aires, se registaram os piores ataques anti-semitas de sempre na América Latina.

"Somente alguém que encontrou misericórdia, que foi acariciado pela ternura de misericórdia, é feliz e confortável com o Senhor", disse Bergoglio em 2001. Trará o novo Papa o conforto que os católicos precisam, numa altura particularmente difícil para a Igreja? Depois do fumo branco, os católicos esperam que do Vaticano venha uma luz.



« Última modificação: Março 14, 2013, 01:03:16 am por 117 »

Offline Britiande

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Re:Papa Bento XVI resigna ao cargo
« Responder #18 em: Fevereiro 10, 2014, 12:01:13 pm »
Bento XVI, um ano de silêncio!

O Papa emérito Bento XVI, que anunciou a sua renúncia ao pontificado a 11 de fevereiro de 2013, está a manter uma vida de recolhimento e silêncio público vista como “exemplar”.

D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, vê nesta atitude uma “enorme coerência” por parte do Papa alemão.

“Ele tem sido exemplar, como Papa emérito, como foi exemplar no exercício do pontificado, dentro daquilo que é a sua maneira de ver e sentir as coisas, quer na lucidez com que considerou que não estava em condições de exercer um ministério tão exigente”,  

Bento XVI apresentou a sua renúncia durante uma reunião com várias dezenas de cardeais, que tinha sido convocada para aprovar a canonização de três beatos: o agora Papa emérito afirmou, em latim, que as suas forças devido à idade avançada, já não eram “idóneas” para exercer adequadamente o seu ministério, que chegaria ao fim a 28 de fevereiro.

O director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), padre José Tolentino Mendonça, define a renúncia de Bento XVI ao pontificado como um gesto “profético”.

“É um grande gesto profético porque mostra que a vida não acaba com a chamada vida ativa em que fazemos, produzimos, construímos mas que a vida humana também precisa de outras dimensões: o testemunho que ele dá é um testemunho de humildade, de desprendimento mas de uma grande sabedoria espiritual”, assinala.

Para o franciscano Joaquim Carreira das Neves, biblista e teólogo, o silêncio de Bento XVI é agora o de um monge.
“Eu vejo este deserto do Papa como um deserto a florir no meio da própria Igreja”, sustenta.

Rita Figueiras, professora e investigadora da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, destaca a opção de Bento XVI de abdicar por completo de qualquer espaço no “palco mediático”.

“Há aqui um efeito poderoso do silêncio: no momento em que todas as pessoas podem ter acesso ao espaço público, em que é extremamente acessível mostrar uma imagem ou uma opinião, o que é mais significativo é a opção de não o fazer”,  

O Papa emérito tem sido alvo de críticas em várias publicações e nas redes sociais, fruto de várias comparações ao seu sucessor, Francisco.
O mais recente episódio envolveu a revista norte-americana «Rolling Stone», que faz manchete com o Papa Francisco, na sua edição de fevereiro, e elogia a sua “revolução suave” num artigo que ridiculariza Bento XVI.
Segundo o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, a publicação “desqualifica-se a si mesma”, lamentando em particular as críticas “surpreendentemente agrestes” ao Papa emérito, que chega a ser comparado a uma personagem de um filme de terror.

Rita Figueiras entende que este contraponto entre os dois Papas decorre do próprio discurso dos media: “Nesta fase da narrativa, digamos assim, a narrativa é da diferença. Julgo que virá o dia em que a narrativa será o que é que há de próximo”.

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, considera que o recolhimento a que Bento XVI se entregou tem um significado profundo.
“Saber viver a nossa dimensão profunda, darmos atenção a Deus, aos outros, sem vivermos num rodopio, é um exemplo para nós que estamos empenhados em fazer tantas coisas”, declara.
« Última modificação: Fevereiro 10, 2014, 03:50:45 pm por Britiande »