NEM SÓ A PISCINA DÁ NOME AO ROSSÃO

[117]

Quem chega ao ROSSÃO e não desce até à Veiga, por onde desliza o pequenote Balsemão, perde a oportunidade de desfrutar dum outro mundo, silencioso, verde e bucólico.
Com galochas anda-se mais à vontade.
Ficou por descobrir se convém seguir o rio até à nascente ou, então, subir de novo e apanhar algum desvio térreo que nos guie até à Batoca.
Só no café da Associação nos poderão fazer o rascunho.

[117]

Não sabemos que mais admirar:
 - a pacatez e mansidão deste rio imberbe, quase a pedir licença para prosseguir a viagem que o conduzirá ao Varosa;
 - a larga mancha de verdura, outrora pasto de muito gado bovino e cavalar;
 - ou este "achado" deslumbrante, onde só algum insecto ou pássaro quebram o silêncio dos dias e das noites.

Quem não quiser saber do que vai pelo mundo, nem ouvir martelar os episódios burlescos duma crise que já enjoa ... aqui encontrará o retiro ideal.

[Vitor]

Olá!

Ó 117 vomecê é um espetáculo! Onde é que Você já anda!?
Venha cá!

Temos noticias fresquinhas e fofinhas da nossa Aldeia...

Vou dar-lhe a novidade! A nossa Asssociação já tem um site próprio aqui ao lado na net!
Não sabia? Pois fique a saber!
Vai ter prova disso, já já, nesta segunda-feira dia da abertura a público do novo sitio virtual:.

http://www.adscd.magueija.com/

Tudo obra e graça do Senhor Administrador, vulgo LM...  Grato pela parte que me toca.
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[117]

Mas eu acabo de lá entrar e passear.
Não vai ser necessário aguardar pela noite de amanhã.
O Mister LM anda sempre dois passos à frente.
Obrigado, também, por mais esta ferramenta, incluída no Forum.
Por este tempo, ninguém tem de bater a porta do Forum e molhar-se; basta entrar no «guichet» do lado, debaixo do mesmo telheiro.
Força, amigos magueijenses!

[estouaver]

   Pela reportagem do amigo 117, posso verificar que ainda tenho muito para conhecer do rio Balsemão.
 Estas fotos foram tiradas a montante, ou jusante da ponte cavalar?Será que essa ponte ainda existe?

    Um abraço

[Pretarouca]

Olá!!!

Excelente reportagem sobre o nosso Balsemão, acabadinho de nascer!!!
Rossão tem cantos que são um encanto!
Amigo 117, para a próxima não se esqueça de levar as galochas e perguntar onde fica Aguadalte.
Aventure-se, vai ficar extasiado!!!

Uma curiosidade: Na fonte no centro da aldeia ainda está à disposição o pesado copo de inox amarrado com uma corrente?

[Trevo]

Pretaouca, não quer servir de guia ao tal trio na próxima ronda?
Era ouro sobre azul!

[117]

AGUADALTE --- BATOCA ... nunca mais serão varridos da nossa memória.
No Carnaval, se não houver neve, aí vamos nós.
O copo de uso geral, na fonte do povo, foi substituído por um pucarinho de barro preto; será menos resistente, mas asseguram que é mais higiénico.

Amigo Estouaver: andamos a montante da Ponte Cavalar, ainda de pé. Por ela passa todo o trânsito para (e de) Feirão e Resende.
O rio, aqui, leva só um fiozinho de água.
Escusa de trazer a cana de pesca. Não existem por cá esconderijos capazes para as trutas.

[Ligeira]

Amigo 117
Nessa igreja entrei eu várias vezes por alturas da festa em meados de agosto.
Era uma grande festa.
O português com sotaque do Brasil ouvia-se em todas as ruelas do Rossão.
Nesses dias a população mais que duplicava, graças aos muitos filhos da terra vindos do outro lado do Atlântico.
Na piscina que se avista lá ao fundo, no meio do lameiro, dei muitos mergulhos numa água tão genuinamente pura e limpa, como fria.
Para matar a sede é só entrar no anexo  e pedir  uma “jolinha”.

[Pretarouca]

Olá!!!

Amiga Trevo, gostaria muito de os acompanhar, mas tenho a certeza que se orientarão muito bem. Além de que antes da Troika dizia-se: "o Carnaval são três dias".
Com a Troika não há Carnaval!
Como quem tem senhor não é senhor, terei de ficar por aqui labutando!

Tal como o amigo Ligeira também eu fui muitíssimas vezes às festas do Rossão, ficando por lá durante dias em casa da minha grande amiga, aquela mulher que por amor à sua terra criou emprego para si e para mais uma meia dúzia de mulheres, na sua própria terra!
Em jeito de curiosidade gostaria de vos dizer que a grande cantora Joana (brasileira) é prima desta minha amiga e era com enorme orgulho que todas as pessoas ouviam "Joana".
O tempo que antecedia a festa era sempre muito animado!
Preparava-se a capela, os andores, enfeitavam-se as ruas e realizavam-se os ensaios do rancho para actuar no dia da festa! Cheguei a tentar um pézinho de dança, mas não é tão fácil como parece!
Sabem dizer-me se as festas ainda se realizam?

[117]

A grande festa do Rossão realizava-se a 15 de Agosto, em honra de Nossa Senhora de Fátima.
Esta igreja (ou capela, como lhe chamam) foi edificada em 1943, graças à iniciativa popular, aos peditórios nas localidades vizinhas e, em grande parte, aos donativos dos naturais que emigraram para terras de Vera Cruz. Ainda hoje, quer emigrantes, quer luso-descendentes mantêm o gosto em visitarem a aldeia, a que se mantêm ligados pelo coração.
Rezam as crónicas que, nos anos 50, foi posto um termo a esta concorrida festa, motivado pelo célebre barulho que opôs as gentes do Picão e as de Codeçais (rivalidades antigas).
Retomada em 1982, foi suspensa, de novo, no ano 2000.
Em 2005, os mais ferrenhos decidiram criar o Dia do Rossão, a fim de habitantes, forasteiros e emigrados poderem voltar a encontrar-se e a confraternizar, sempre em ambiente de acentuado apego ao torrão natal e, como é óbvio, de imensa folia.

[117]

Este jovem lavrador e criador de gado quis ser simpático.
Ofereceu-nos do melhor que tinha, mesmo prejudicando quem aguardava por aquela apetecida refeição.
Agradecemos, reconhecidos.
Passava já do meio dia e ainda acrescentámos:
 - não leve a mal, ficará para outra oportunidade.

Decidimos subir mais uns metros e entrar no concelho de Cinfães, onde mora - igualmente - gente muito hospitaleira.

[Zé Luís]

estou a ver que o amigo 117 gostou muito da hospitalidade 
acho que teve bom gosto na sua viagem as terras altas. 

[117]

                                  
                   AS CAPUCHAS
      
     De burel, pisoadas, as capuchas quentes
     Fazem-me lembrar
     Oratórios fofos dessas almas crentes,
     Grutas pequeninas, divinais, trementes,
     Com uma camélia em perfumado altar ...


     Rematando em touca, num corucho erguido,
     Feitas de liteiro,
     São, no modo, o nicho natural e puído,
     Mais de quantas vezes pelo sol benzido
     Junto de caminho dum florido outeiro ...
 

     Quando aos Domingos gemem fontainhas
     Pela ventania,
     Eis a entrar no templo moças serraninhas
     Arrastando, leves, suas capuchinhas
     A lembrar doutoras duma Academia ...


     São as capas negras ... que Universidade!
     Oh! Que estudantada:
     estuda em seus montes a Fraternidade
     Num compêndio de oiro, de imortalidade,
     - Livro do Trabalho na luz da alvorada!!!


     (In «ALDEIA», do Padre e Escritor RODRIGUES DA CUNHA,
      nascido no Rossão e grande impulsionador do seu desenvolvimento)
        

[Trevo]

O Rossão devia atribuir uma medalha ao 117 por tão nobre divulgação da sua aldeia!