NEM SÓ A PISCINA DÁ NOME AO ROSSÃO

[117]

Rossão (ou Roção, como lhe chamaram em tempos medievais), parece uma aldeia esquecida na encosta.
Quem lá chega apercebe-se que tem vida própria, pese, embora, a localização no extremo da Freguesia de Gosende.
O acesso é fácil, quer para quem sai da EN 2, em Bigorne, quer para os que derivam já na Estrada Castro Daire - Cinfães.
Antes da povoação, um Cruzeiro e uma Capelinha dão-nos as boas vindas.
Onde foi esta gente inspirar-se para baptizar a Capela?

[Pretarouca]

Olá!!!
Estava a ver que nunca mais chegavamos ao Rossão! É uma das minhas aldeias favoritas na serra do Montemuro!
Amigo 117, depois de rezar a Nossa Senhora da Lapa, entre no café da associação dos amigos do Rossão. É um excelente local para conseguir informações preciosas!
Tenho a certeza que lhe aconselharão a visitar o famoso pelourinho, a casa onde terá funcionado a cadeia, a capela no centro da aldeia, a fonte de água fesquinha (estará controlada?) no largo da festa, o antigo café, a piscina e o local onde nasce o rio Balsemão!
Rossão é uma aldeia pequenina mas com muitos pontos de interesse!

[Trevo]

O Rossão tem vida própria... e fotógrafos por todo os lado!
Quando por lá passei, tentei cuscuvilhar um pouco mas só encontrei um habitante, entretido a tomar os medicamentos para os seus achaques.
Este parque de merendas ficava bem na Pontinha, Barrela, não acham?

[Pretarouca]

Olá!!!

Amiga Trevo, esse parque de merendas na Pontinha?
Não tem nada a ver com a envolvência!!!
Fonte ao abandono, caixotes do lixo a transbordar, ferro velho espalhado, desculpe discordar, mas não, não ficaria lá bem!!!

[Orquídea]

Dá gosto ver como, em plena serra, se podem encontrar "parques" tão bem estimados como este!
Ainda por cima, com tantos pontos de interesse para visitar, segundo nos informa a amiga Pretarouca!
Na verdade, a autarquia de Magueija tem muito que aprender...

[Vitor]

Olá rapaziada!

Aqui se vê e prova em fotos de outras aldeias de que se faz e é possivel fazer melhor!
Outros povos, com menos, muito menos dinheiro fazem estas maravilhas...

Se fizermos uma reportagem fotografica à Freguesia de Gosende ou outras freguesias da Serra,  vemos como se zela ou se recuperam os monumentos civis, como: pontes, fontes, cantos e recantes de interesse turístico, pelourinhos, coretos e cruzeiros...!

Se me fosse permitido dexava aqui algumas dezenas de fotos para avaliar o desleixo, falta de zelo e o total abandona de pontes, miradouros, fontes, cantos e recantes de interesse turístico, pelourinhos, coretos e cruzeiros de Magueija...!

Quem cala isto, consente...!

[Malmequer]

Eu também concordo com vocês.
Digam lá se uma mesa como a que se vê na foto do Trevo, não assentava bem no miradouro de Nossa Senhora dos caminhos?
Na Pontinha, só depois do restauro da fonte e limpeza do espaço envolvente.
Não haverá ninguém na Assembleia da Junta que levante esta questão?

[estouaver]

  Com pena minha, já la vão uns anos desde a minha ultima passagem pelo Rossão.Fico satisfeito em saber que ainda existem pessoas com visão,aproveitando os seus recursos naturais, culturais e históricos, para dar mais visibilidade a sua terra, com inerente vantagem para a sua população.Pena tenho que Magueija, dos muitos recursos que aí existem, apenas aproveite o vento.      

[Vitor]

Olá!

Olá Malmequer!

Pois! Esta questão e outras, é levantada sempre com teimosia e veemência!
Estas questões são levantadas e promovidas, por escrto e verbalmente, por quem sabe, por quem sente, por quem tem olhos na cara e por quem não deve nem teme!!

Mas a democracia em Magueija tem, hoje, uma maioria a mandar!!

Pois, uma maioria... e, mais não digo!!  

[117]

Em próxima tirada seguiremos a brochura aqui aberta pela amiga Pretarouca.
Desta feita, pretendemos só perceber o pulsar de quem lá habita.
Um experiente lavrador contou-nos, por exemplo, como certo dia, toda a feira de Gosende acabou varrida pelas bengalas dos afamados Irmãos Camilo.
 - E o Alexandre, de grande porte, também metia respeito, não?
 - Ah! Sim, sim, era natural de Pepim e não hesitava em impôr respeito.
Acabámos a falar no FARRA, de Vale Abrigoso (Mesio), cuja carteira era menos abonada.
Aparecia nas feiras todas, mas dedicava-se mais a catrapiscar alguma mulher que lhe desse conversa, baldando-se para o negócio das vitelas e dos bezerros.
A SIC mostrou-o, há poucos anos, bastante abalado pelo assalto que sofreu em sua casa. A farrúnfia dera lugar a um idoso tristonho e conformado.

[Vitor]

Olá!

Olá amigo Estouaver, desculpe, esta minha mensagem mas é "inverdade", quando diz que em Magueija se aproveita ou aproveitou o vento...! Meu amigo, nem o vento se aproveita!

Diga-me então onde se aproveita ou aproveitou o vento em MAGUEIJA!? Qual a obra!?

As eólicas estão lá no monte de Vila Lobos e de Carvalhoso, ambos em Magueija, num rentável parque construído por uma empresa privada que deixa ou deixou muito dinheiro à freguesia, onde está a obra ou obras na freguesia que espelham a utilidade pública ou por parte dos moradores de tais lucros!?

Vamos ver, ajudem-me a descobrir: Num Centro de dia de Magueija para Magueija? Num largo para festas, feiras e romarias e um coreto para a Banda? Numa sede para a Junta, para a Banda ou para uma outra Associação? Um tapete para a estrada arruinada de S. Tiago? Para o restauro dos abandonados fontanários por toda a freguesia? Para arranjar e calcetar as valetas das estradas de Vila Lobos, S. Tiago ou do Sardinho? Para arranjar os miradouros da Berruga, do Picoto ou da Sra. dos Caminhos? Para manter a farmácia, o Posto Médico ou os Correios em Magueija? Onde?

Numa coisa estamos certos, é na partilha e no diálogo que se adquire muito do nosso saber!
Um abraço!

[estouaver]

                      Olá amigo Vitor
  Quando digo ser o vento,o único a criar riqueza em Magueija,creio não haver qualquer dúvida.Se dai saem os proventos justos, ou se aos mesmos lhes é dado o melhor destino,cabe aos eleitores exigirem que assim seja.   

[Pretarouca]

Olá!!!

Amigo 117, conseguiram chegar à fala com algum afamado cesteiros de brezes?
São autenticas obras de arte feitas com palha e casca de silva ou vime.
Estes brezes podem ser utilizados para diversos fins: colocar o material (lã, fuso, novelos, agulhas)  necessário para fazer meias, camisolas, cachecóis e outras peças quentinhas para combater o frio da serra; apanhar as castanhas, as nozese as batatas; para semear o centeio e o trigo ou, simplesmente para enfeitar a casa e as lembranças!
Conseguiu alguma foto?

Essa arte aprendeu-a também um irmão meu e lembro-me muito bem de ao serão o ver manejar o "chuço" para fazer os buracos na palha por onde a casca da silva ou o vime tinha de passar para "coser" a palha.
Fazia-os redondos, barrigudinhos, quadrados e rectos dependendo do gosto do cliente.
Talvez quando formarmos uma só freguesia possamos juntar experiencias e saberes e olhar o futuro com os olhos no pasado!!! 

[117]

Daria pano para mangas o bate-papo relacionado com os proventos das torres eólicas localizadas em território magueijense e a aplicação prática desses fundos.
Recordo que o Presidente da Junta de Bigorne faz obra e equilibra o orçamento com o dinheiro que recebe de apenas 2 eólicas.

Próxima da capela da Senhora da Lapa, fica a casa do senhor Porfírio, cesteiro de renome em todo o Montemuro. Por azar, tinha-se ausentado para Braga, a fim de passar as festas natalícias com um filho.
Na aldeia, disseram-nos existir (ainda) outro cesteiro, já em pré-reforma ou à beira da falência.
Assim sendo, tenho de recorrer às amostras caseiras, uma delas original e a sentir já o peso da idade:

[117]

Quem leva para casa imitações, nunca fica bem servido.
Barato, barato, acaba por sair caro.
Nem o material, nem a mão-de-obra ... é tudo falseado.
E a casca das silvas não deve ser nada fácil de manusear!